“Acompanhamos a situação muito de perto e não houve nenhuma medida de contingência especial que tivesse sido decretada este ano”, indicou o governante, no final da cerimónia de lançamento da primeira pedra de um nova central solar, no concelho de Alandroal, distrito de Évora.

O titular da pasta do Ambiente e da Transição Energética referiu que “não há nenhum problema” com o abastecimento público de água, nomeadamente em relação “ao consumo humano e a outros usos mais diretos”, remetendo para o ministro da Agricultura o balanço dos impactos da seca na atividade agrícola.

Matos Fernandes disse que a albufeira do Monte da Rocha, na bacia do Sado e situada no concelho de Ourique, distrito de Beja, é a que “tem menos água”, porque possui “10%” da sua capacidade máxima.

“Há muitos meses que não passa dos 11%. Ou seja, tem sido feita uma gestão muito cuidada” da água, acrescentou.

O ministro realçou que é necessário “poupar e fazer um uso mais eficiente da água”, salientando que “o facto de não haver problemas num ano", se a seca continuar "é a garantia de que vão acontecer no ano a seguir”.

“A única solução de longo prazo que existe não é fazer infraestruturas de interligações, embora as estejamos a fazer, é consumirmos menos água, por uma razão muito simples é que na bacia mediterrânica a quantidade de água que vem da chuva é menos do que a que consumimos”, advertiu.

O Boletim Climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), divulgado na semana passada, indicou que a situação de seca meteorológica manteve-se no final de junho, tendo-se verificado um “ligeiro aumento” da área em seca extrema na região Sul.

De acordo com o relatório, 33,9% do território continental estava em seca extrema ou severa, 22,7% em seca moderada e 40,9% em seca fraca.

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