Os trabalhadores ferroviários da CP, Medway e Takargo vão estar em greve na segunda-feira contra a possibilidade de circulação de comboios com um único agente, o que está já a causar perturbações este domingo.

Esta tarde, reagindo a esta greve greve, o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d’Oliveira Martins, considerou que não existe "justificação material" para a paralisação uma vez que a norma dos dois agentes existe desde 1999 e não foi alterada pelo Governo, sendo apenas permitido circular com um agente em casos excepcionais e se a empresa operadora o consentir.

Por outro lado, acrescentou Guilherme W. d’Oliveira Martins, a CP, principal afetada nesta greve, tem uma norma interna que impede os comboios de circular com apenas um agente.

Assim, e apesar de o Governo reconhecer o direito constitucional à greve, considera que esta paralisação não tem "justificação material" para acontecer.

Apesar da paralisação estar marcada para segunda-feira, os primeiros efeitos do protesto já se fazem sentir e podem piorar a partir das 22:00 deste domingo, quando se iniciam os primeiros turnos.

Os sindicatos subscritores do pré-aviso de greve preveem que a paralisação tenha "um grande impacto na circulação de comboios" e a CP admite que deverão ocorrer "fortes perturbações na circulação" amanhã. Segundo a informação colocada na sua página online, a CP lembra que não foram definidos serviços mínimos, e que não serão disponibilizados transportes alternativos.

Perante a possibilidade de, na próxima semana, haver mais dois dias de greve, o secretário de Estado disse: “O Sindicato dos Revisores invoca que é uma batalha pelo agente único. O Sindicato aceitou a vigência do Regulamento (RGS)desde 1999 e agora vem dizer que quer alterar a regra”.

E a regra, disse Oliveira Martins, “cumpre os standards europeus”, já que em toda a Europa apenas na Roménia é proibido o agente único, sendo que em todos os outros países a regra é os dois agentes e o agente único excecionalmente.

(Notícia atualizada às 20h12)