Os manifestantes – seguidores do clérigo xiita iraquiano Muqtada al-Sadr – comprometeram-se a realizar uma concentração aberta para fazer descarrilar os esforços dos seus rivais dos grupos políticos apoiados pelo Irão para formar o próximo governo do país.

Os desenvolvimentos catapultaram a política iraquiana, mergulhando o país numa crise política à medida que se desenrola uma luta de poder entre os dois principais grupos xiitas.

Hoje, a concentração pareceu mais uma celebração alegre do que um protesto político, com seguidores do clérigo xiita iraquiano Muqtada al-Sadr a dançar, a rezar e a cantar slogans dentro do Parlamento, em louvor ao seu líder.

No intervalo, faziam sestas nos colchões que revestiam os grandes salões.

Foi uma cena muito diferente da de sábado, quando os manifestantes usaram cordas e correntes para derrubar paredes de cimento à volta da Zona Verde fortemente fortificada em Bagdad e depois avançaram para o edifício da Assembleia.

Foi a segunda tentativa de invasão do Parlamento, na última semana, mas desta vez não dispersaram pacificamente.

As forças de segurança iraquianas dispararam gás lacrimogéneo e granadas solares no início, para tentar repelir os manifestantes.

O Ministério da Saúde disse que cerca de 125 pessoas foram feridas na violência – 100 manifestantes e 25 membros das forças de segurança. Em poucas horas, a polícia recuou, deixando o Parlamento para os manifestantes.