Assim, a entidade já “lançou o habitual inquérito às empresas de seguros suas associadas para recolher os dados relativos aos sinistros registados em consequência do furacão que assolou Portugal no passado sábado, sendo que a APS transmitirá informações sobre estes dados logo que possível”, referiu a associação.
A APS revelou que as equipas de especialistas das seguradoras estão já nas “regiões fustigadas pelo furacão Leslie para dar início ao processo de apuramento dos danos e pagamento das indemnizações devidas àqueles que contrataram seguros, apoiando os seus clientes na rápida recuperação do seu património e reposição da normalidade das suas vidas”.
No mesmo comunicado, o presidente da APS, José Galamba de Oliveira, garantiu que “este tipo de eventos, de natureza catastrófica, vão infelizmente tornar-se cada vez mais frequentes, sendo fundamental que os cidadãos e as empresas tomem consciência da importância dos seguros nestes momentos”.
A tempestade tropical Leslie, que atingiu Portugal Continental no sábado ao final do dia, causou estragos em várias regiões do país, sobretudo no Centro.
A EDP Distribuição declarou o Estado de Emergência para o distrito de Coimbra, o mais grave previsto no seu plano de atuação, e admite recorrer a meios internacionais para reparar os danos causados pela tempestade.
Em comunicado, a empresa disse que, “face aos danos da rede elétrica causados pela passagem do furacão Leslie, os quais foram confirmados durante o dia de hoje [domingo, 14 de outubro] pela avaliação técnica da EDP Distribuição, declara, para o distrito de Coimbra, o Estado de Emergência, o mais grave previsto no seu plano operacional de atuação em crise”.
Esta declaração de Estado de Emergência “resulta de acontecimentos com grandes repercussões e concretiza-se na mobilização, com âmbito nacional, de todos os meios humanos, materiais e equipamentos disponíveis na empresa, seus prestadores de serviço e fornecedores”, adianta a EDP Distribuição.
“Poderá também ser ponderado, em caso de necessidade, o eventual recurso a meios internacionais”, concluiu a elétrica.
O ministro Capoulas Santos disse também que os técnicos do Ministério da Agricultura estão a proceder ao levantamento dos prejuízos causados pelo furacão Leslie em Portugal, estimando que estes sejam de “alguma monta”.
“Neste momento, estamos a proceder ao levantamento dos prejuízos. Existem estragos, que vão de uma faixa de Leiria à Figueira da foz, e vão depois pelo interior do país, de alguma monta, que esperamos quantificar nos próximos dias. Os técnicos do ministério estão a trabalhar desde ontem [domingo] no terreno”, avançou no Luxemburgo.
Luís Capoulas Santos frisou que, de exploração para exploração, os prejuízos podem não ser iguais, mas que “de facto” há “grandes destruições em infraestruturas e armazéns, sobretudo nas estufas, que são estruturas onerosas”.
“O Ministério da Agricultura dispõe de instrumentos de apoio aos agricultores, a chamada reposição do potencial produtivo. Ou seja, no caso das destruições que ocorreram nos armazéns, nas estufas, nas instalações agrícolas em geral, estamos em condições de dar um apoio como temos vindo a aplicar nos incêndios. Será de 100% a fundo perdido até aos 5.000 euros, de 85% até aos 50 mil, e 50% acima dos 50 mil até aos 800 mil euros”, sublinhou.
Por sua vez, a Navigator anunciou que a atividade da sua fábrica, na zona da Figueira da Foz, foi suspensa devido aos danos provocados pela tempestade tropical Leslie, estimando uma perda de produção de 10 mil toneladas de papel.
A Altice Portugal adiantou também que cerca de 50 mil clientes da rede fixa estão com serviços afetados, sendo que os trabalhos de reposição “continuam no terreno com evolução positiva”.
Em comunicado, a dona da Meo adianta que, “em relação aos clientes da rede fixa com serviços afetados são, atualmente, cerca de 50 mil, envolvendo comunicações de voz, Internet e televisão.
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