Esta garantia foi deixada pelo presidente da Associação Portuguesa de Seguradores, José Galamba de Oliveira, no final de uma reunião de uma hora com o primeiro-ministro, António Costa, e com o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, em São Bento, Lisboa.
José Galamba de Oliveira afirmou que o setor segurador irá atuar em relação aos danos dos incêndios de 14 e 15 de outubro passados "exatamente" com os mesmos critérios que aplicou após os incêndios de junho em Pedrógão Grande (distrito de Leiria).
"Queremos rapidamente fazer chegar os fundos às zonas agora atingidas, embora neste caso se verifique uma maior complexidade devido a uma elevada dispersão geográfica no que respeita às áreas atingidas", declarou, estimando depois que a maioria dos apoios possa chegar aos beneficiários num prazo médio de oito semanas.
De acordo com José Galamba de Oliveira, serão "muito rapidamente colocadas no terreno as mesmas equipas que já trabalharam em Pedrógão Grande no sentido de agilizar os processos".
"Estão no terreno desde segunda-feira da semana passada as equipas multidisciplinares de peritos que estão a analisar os danos para que os seguros possam ser acionados de uma forma imediata, permitindo que as indemnizações cheguem rapidamente às famílias e às empresas. Acreditamos que o valor global das indemnizações esteja na casa das centenas de milhões de euros", frisou.
Perante os jornalistas, José Galamba de Oliveira disse que o fundo de solidariedade para familiares de vítimas foi constituído com dois milhões de euros, prevendo-se que haja a curto prazo um reforço com mais um milhão de euros.
O valor "dependerá do número de vítimas mortais e de feridos graves, que não está ainda a 100% balizado. Neste fundo, vão existir os capitais necessários para chegar a todos os beneficiários, sendo utilizados exatamente os mesmos critérios de Pedrógão Grande", acrescentou.
Comentários