Segundo o Jornal de Notícias, a família de um estafeta da Uber que morreu num despiste de mota, a 7 de julho do ano passado, aquando da realização de uma entrega em Gaia, vai receber uma indemnização de cerca de 50 mil euros. A respetiva compensação será paga por um seguro que a Uber disponibiliza aos seus colaboradores.

Apesar de haver quem defenda que o seguro não é uma prova da existência de uma relação laboral entre as partes, há juristas que defendem que o seguro poderá, associado a outros, suportar a tese de que um estafeta se encontra ao serviço das empresas. Ontem, o Governo espanhol anunciou até alterações ao Código de Trabalho, que atribuem maior proteção social a estes profissionais.

Na sequência do acidente, os colegas realizaram uma marcha lenta em homenagem e muitos apontaram o número excessivo de horas de trabalho como um dos fatores que terá contribuído para o mesmo, refere a publicação.

A família acionou o seguro em questão e, oito meses depois, foi informada de que irá ser compensada com uma quantia de cerca de 50 mil euros. Segundo a publicação, a negociação com a seguradora foi difícil e foi feita diretamente por um escritório de advogados em França com a sede da AXA, em Paris.

A Uber fundamenta a oferta do seguro com o facto de ter intenção de ajudar o estafeta "a proteger-se contra o risco de custos elevados ou a perda de rendimentos".