Um veículo avançou esta quarta-feira, 9 de agosto, por volta das 08h00 (hora local), sobre seis militares em Levallois-Perret, fazendo três feridos graves. O condutor fugiu após o atropelamento. Ao início da tarde, as forças de segurança francesas balearam e prenderam um suspeito, avança a AFP. O homem foi interceptado quando dirigia o veículo alegadamento utilizado no ataque.
Os seis feridos - três graves - foram transportados para o hospital militar de Percy, em Clamart. Nenhum corre risco de vida.
De acordo com os primeiros elementos da investigação, o carro utilizado no atropelamento foi um BMW de cor preta em que seguia apenas o condutor.
Patrick Balkany, autarca de Levallois Perret, disse à BFMTV pouco depois do incidente que um BMW estava estacionado perto da zona onde se encontravam os agentes da patrulha anti-terrorista, aparentemente a aguardar o momento em que estes saíssem para o exterior do quartel.
Escreve o The Guardian que o ataque quando decorria o render da guarda na praça Verdun, não longe da câmara municipal de Levallois-Perret.
Balkany descreveu o ataque como "deliberado". "Foi sem dúvida um ato deliberado... este veículo estava à espera deles", disse, citado pelo The Guardian. "O BMW acelerou no momento em que eles saíram. Aconteceu no meio da cidade, e muito rápido", detalhou. "Levallois é uma localidade calma... esta foi uma agressão odiosa contra os nossos militares que ninguém esperava", acrescentou.
As buscas pelo veículo e condutor socorreram-se das imagens captadas pelas inúmeras câmaras de vigilância instaladas em Levalloius Perret.
O presidente Emmanuel Macron acompanha o evoluir da investigação, no Palácio do Eliseu, onde decorre o conselho de ministros semanal. É possível que, ao longo do dia, Emmanuel Macron se desloque aos hospitais para onde foram transportados os seis militares feridos.
Procuradoria francesa abre processo por tentativa de assassinato de militares
A secção antiterrorista da Procuradoria de Paris instaurou um processo "por tentativa de assassinato" dos seis militares atropelados.
Por enquanto ainda não foi nomeado um culpado, mas a Procuradoria iniciou uma investigação por uma tentativa de assassinato de elementos das forças de segurança, "relacionada com um plano terrorista".
Segundo a Associated Press a declaração da Procuradoria dá também a entender que se tratou de um ataque deliberado e planeado e com intenções terroristas.
Entretanto, a ministra francesa das Forças Armadas, Florence Parly, condenou este "ato covarde".
"Seis militares do 35.º regimento de infantaria de Belfort ficaram feridos, entre os quais três em estado grave, apesar de não correrem perigo de vida", precisou a ministra através de um comunicado.
Florence Parly condenou o sucedido considerando tratar-se de um "ato covarde" que não atingiu a "determinação dos militares" na missão de proteção dos franceses.
O comunicado da ministra é a primeira posição oficial do governo de Paris sobre o atropelamento dos seis militares que se preparavam para iniciar uma missão de patrulha nos arredores da capital.
França está em estado de emergência desde novembro de 2015.
Há 10 mil soldados a patrulhar França no âmbito da Operação Sentinela, assim como 4.700 polícias.
(Notícia atualizada às 13h45)
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