“A investigação iniciou-se imediatamente após ser divulgada esta informação e por ordem do primeiro-ministro interino, Galab Donev”, informou a Agência Estatal de Segurança Nacional búlgara, responsável pela área da contraespionagem.
A explosão que destruiu parcialmente a ponte foi qualificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, de “ato terrorista” e foi invocada para justificar os ataques de hoje com dezenas de mísseis sobre cidades ucranianas.
“Se estivesse no lugar dos serviços secretos russos, estaria mais interessado em saber onde foi carregado o camião [com material explosivo] e qual foi a causa da explosão. Isso é o mais importante. Não é possível [o explosivo] tenha sido carregado na Bulgária”, considerou Boiko Borisov, vencedor das eleições legislativas de 02 de outubro.
No início de outubro decorreram as quartas eleições em menos de dois anos na Bulgária, onde a guerra na Ucrânia constitui um dos temas que está a dificultar a formação do Governo.
Borisov, um político conservador e com uma agenda populista, convidou os sete partidos que garantiram representação parlamentar a negociar um acordo de Governo centrado no combate à inflação, na guerra na Ucrânia e na oposição ao Presidente russo.
Segundo Alexandr Bastrikin, presidente do Comité de Investigação da Rússia, o camião saiu da Bulgária e atravessou a Geórgia, Arménia e Ossétia do Norte antes de entrar na Rússia.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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