“Não há consenso dentro da comunidade de inteligência sobre estas acusações e, por isso, há opiniões em desacordo de alguns elementos desta comunidade quanto à veracidade da informação veiculada”, realçou a porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, em conferência de imprensa.

Segundo noticia a agência EFE, em causa estão as informações publicadas pelo jornal New York Times, na sexta-feira, de que os serviços de informações norte-americanos concluíram há vários meses que responsáveis russos ofereceram recompensas por ataques bem-sucedidos a militares norte-americanos, em 2019, quando os Estados Unidos e os talibãs negociavam um fim para o conflito no Afeganistão.

De acordo com Kayleigh McEnany, a veracidade daquelas acusações “continua a ser avaliada”.

O New York Times, que cita, sob anonimato, responsáveis conhecedores das informações, afirma que elas foram apresentadas a Trump e ao Conselho de Segurança Nacional em finais de março, após o que foram preparadas potenciais respostas, começando por um protesto diplomático junto das autoridades russas, mas que a Casa Branca não autorizou, até ao momento, nenhuma das iniciativas.

No total, 20 norte-americanos morreram em combate no Afeganistão no ano passado, mas não é possível associar algum dos casos a esta ligação com a Rússia.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, negou no domingo ter sido informado pelos serviços de informações sobre alegados prémios prometidos pela Rússia aos talibãs.

“Ninguém me informou ou me disse, ao vice-Presidente [Mike] Pence ou ao chefe de gabinete Mark Meadows sobre alegados ataques às nossas tropas no Afeganistão por russos, como noticiado através de uma ‘fonte anónima’ pelo ‘fake news’ New York Times”, escreveu Donald Trump na rede social Twitter.

“Toda a gente o nega e não houve muitos ataques contra nós…”, acrescentou.

O jornal Washington Post revelou também que se "acredita que as recompensas oferecidas pela Rússia tenham resultado na morte de vários soldados americanos, segundo dados obtidos em interrogatórios militares de mercenários capturados nos últimos meses".

Kayleigh McEnany insistiu que "os Estados Unidos recebem milhares de relatórios por dia nas agências de inteligência", que são submetidos a rigoroso escrutínio e que, nesse caso, a veracidade dessas alegações não pode ser verificada.

A porta-voz da Casa Branca confirmou ainda que a diretora da CIA, Gina Haspel, o conselheiro de Segurança Nacional, Robert O'Brien e o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, podem confirmar que nem Trump nem seu vice-presidente foram informados sobre o assunto.

"Isso não foi reportado ao presidente, porque, de fato, não foi verificado", afirmou a porta-voz.

Na segunda-feira, a Rússia negou ter pago dinheiro ao Talibã para assassinar os militares dos EUA no Afeganistão.

"Essas alegações são uma mentira", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela imprensa local.

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