Escreve o The Guardian que o MI5 lançou dois inquéritos urgentes no sentido de perceber como escapou às autoridades o perigo que o bombista suicida identificado como Salman Abedi, de 22 anos, representava. Segundo a BBC, o MI5 já havia sido alertado, pelo menos três vezes, para as suas “visões extremistas”.

A mesquita de Didsbury em Manchester confirmou à televisão BBC que um dos imãs denunciou Abedi devido à sua ideologia suspeita e expulsou-o do templo.

Detalha o The Guardian que um dos inquéritos visa detetar rapidamente eventuais erros flagrantes, enquanto o outro tem como objetivo uma análise mais profunda.

A ministra do Interior Amber Rudd recusou comentar, esta segunda-feira, o nível de informação que as autoridades tinham sobre o bombista suicida que se fez explodir na Manchester Arena, após um concerto de Ariana Grande, na passada segunda-feira, 22 de maio. No entanto, a ministra confirmou que os serviços secretos estão a rever as suas práticas.

“Penso que é certo que o MI5 reveja os seus processos para garantir que o trabalham o melhor possível dentro dos seus limites, para assegurar a segurança das pessoas”, disse à BBC.

No mesmo sentido, a ministra do Interior britânica, Amber Rudd, disse à Sky News que o lançamento de uma investigação interna nos serviços secretos é "um primeiro passo correto".

"Há muita informação neste momento sobre o que sucedeu, como sucedeu e o que se pode saber ou não. É correto o MI5 investigar o que são os factos", disse Rudd, sublinhando que "não se devem tirar conclusões precipitadas".

Amber Rudd, afirmou, no domingo, em declarações à BBC, que outros membros da rede extremista por detrás do ataque poderão continuar em fuga.

O grupo autoproclamado Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque.

Esta segunda-feira a polícia fez mais uma detenção no âmbito das investigações sobre o ataque de Manchester. Das 16 pessoas detidas até ao momento, duas foram libertadas sem qualquer acusação. O pai e um dos irmãos do autor do atentado foram detidos na Líbia.

Os serviços secretos indicaram em diversas ocasiões necessitarem de mais recursos para seguir os planos terroristas suspeitos, os cerca de 3.000 indivíduos considerados de alto risco e os outros 20.000 de menor risco, entre os quais presumivelmente se encontrava Salman Abedi.

(Notícia atualizada às 12h18)