"Temos de estar atentos e ajudar os trabalhadores porque muitas das empresas que aqui funcionam aproveitaram-se da situação de pandemia que o país atravessa para desrespeitar a lei e retirar direitos laborais", disse à agência Lusa Elisabete Santos, dirigente do Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP).

Os dirigentes e ativistas sindicais dos Sindicatos do Comércio, Hotelaria e Telecomunicações concentraram-se na entrada principal do Alegro de Alfragide e distribuíram documentos aos trabalhadores a alertá-los para os seus direitos e para as violações que estão a ser cometidas em várias empresas, como a FNAC ou o Auchan.

A desregulação total dos horários de trabalho e a criação de bancos de horas foram as principais denúncias feitas pelos sindicatos.

"Várias destas empresas usufruíram de apoios do Governo, através do regime de 'lay-off' simplificado, algumas ainda estão com 'lay-off' parcial, e agora avançam com despedimentos, alguns deles encapotados, e muitos trabalhadores a contrato estão a ser descartados", afirmou Elisabete Santos.

Segundo a sindicalista, a ação de denúncia no Alegro teve como objetivo "defender no emprego com direitos e salários dignos".

O contacto direto com os trabalhadores serviu para lhes prestar esclarecimentos e apelar à sua sindicalização, para melhor se defenderem.

Os três sindicatos vão desenvolver iniciativas idênticas em novembro noutras grandes superfícies comerciais.