"A primeira greve geral de jornalistas em mais de 40 anos é já na próxima semana, na quinta-feira. Chegou o momento de exigirmos respeito e condições de trabalho dignas. Ficámos calados por demasiado tempo", afirma o sindicato, em comunicado.

Os jornalistas exigem "aumentos salariais em 2024 superiores à inflação acumulada desde 2022 e a melhoria substancial da remuneração dos 'freelancers'" bem como a garantia de "um salário digno à entrada na profissão e de progressão regular na carreira".

Entre as reivindicações estão ainda o pagamento de complementos por penosidade, trabalho por turnos e isenção de horário, remuneração por horas extraordinárias, trabalho noturno e em fins de semana e feriados, o fim da precariedade e o "cumprimento escrupuloso das leis do Código de Trabalho, incluindo a garantia do equipamento técnico necessário, em particular para a captação de imagem e som".

"O cumprimento escrupuloso do contrato coletivo de trabalho da imprensa e a generalização da contratação coletiva para o setor audiovisual e da rádio" são outras das exigências.

O sindicato realça que "a insegurança no emprego e os salários baixos praticados no setor são um grave obstáculo ao desenvolvimento pleno da profissão de jornalista" e "são entraves ao próprio direito dos cidadãos de serem informados livremente".

"Um jornalista que não consegue pagar as contas ou ter um mínimo de estabilidade no emprego é um jornalista condicionado no exercício do seu trabalho", afirma o SJ, acrescentando que "o fluxo constante de notícias nas televisões, nos jornais, na rádio e na internet é há anos sustentado por práticas laborais que atropelam os direitos dos jornalistas".