O diploma que procede à revisão das carreiras especiais da Autoridade Tributária e Aduaneira, criando duas novas carreiras especiais, com conteúdos funcionais das áreas tributária e aduaneira, foi aprovado na generalidade no Conselho de Ministros.
Esta versão contém ainda vários pontos que desagradam aos trabalhadores e que o STI pretende ver ultrapassados, tendo prevista a apresentação de uma contraproposta que espera negociar na próxima reunião.
Num cenário de impasse negocial, o Conselho Geral do STI decidiu mandatar já a Direção do sindicato para marcar períodos de greve, com recurso ao fundo, ou outras formas de luta, até ao final do ano.
O presidente do STI, Paulo Ralha, referiu à Lusa que a proposta aprovada pelo Governo “falha" nos processos de transição das carreiras atuais para as novas, sendo necessário “clarificá-la” neste ponto.
O STI distancia-se ainda da proposta do Governo em relação à progressão na carreira, exigindo que a avaliação permanente seja mais valorizada em detrimento da valorização que atualmente é dada ao SIADAP (sistema de avaliação de desempenho).
A forma como o diploma prevê o acesso aos cargos de chefia, nomeadamente o peso que é dado à entrevista, também não tem o acordo do STI que quer ainda que a proposta alargue aos trabalhadores das alfândegas e dos serviços de informática a possibilidade de todos os anos pedirem transferência do seu local de trabalho.
O diploma aprovado pelo Conselho de Ministros contempla a devolução do vínculo por nomeação aos funcionários de 14 carreiras que são agora extintas e que transitam para as carreiras especiais de gestão e inspeção tributária e aduaneira e de inspeção e auditoria tributária e aduaneira.
A par das duas carreiras especiais, o diploma contempla quatro carreiras subsistentes.
As novas carreiras especiais terão 12 escalas na Tabela Remuneratória Única, iniciando-se na posição 18 e terminando na 57.
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