“A saúde e a educação são os mais visíveis para o público, mas estamos convencidos que todos os setores vão mostrar que vão fechar”, disse aos jornalistas a dirigente sindical Luísa Silva.

A coordenadora regional de Coimbra, que falava ao início da manhã à porta dos Hospitais da Universidade de Coimbra, salientou que perspetiva uma greve da administração pública “com forte adesão, com os trabalhadores muito cansados com o aumento do custo de vida”.

Segundo Luísa Silva, o setor do lixo está “quase parado” e dos transportes regista uma adesão de cerca de 70%.

“Relativamente aos outros serviços ainda não temos muitas informações, mas sabemos que existem muitas escolas que vão fechar, onde não vão existir serviços mínimos”, adiantou.

Salientando que vai ser uma greve que "vai afetar toda a gente”, a dirigente sindical frisou que, “desta vez, os motivos são muito plausíveis”.

Os trabalhadores da administração pública reivindicam aumento de salário superior aos 52 euros acordado entre o Governo e a União geral de Trabalhadores (UGT), aumento do subsídio de refeição para 10,5 euros e alteração ao modelo de avaliação.

A Frente Comum dos sindicatos da administração pública (da CGTP) anunciou em 09 de outubro a greve nacional de trabalhadores que hoje decorre, considerando que a proposta do Governo de aumentos salariais para 2024 é "miserabilista".

Para o próximo ano está previsto um aumento salarial mínimo de 52 euros ou de 3% para os trabalhadores da administração pública.

A Frente Comum reivindica um aumento dos salários em pelo menos 15%, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, para fazer face ao "brutal aumento do custo de vida".