O advogado do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, disse também na quinta-feira que os plenários de trabalhadores de hoje são a “última oportunidade” para a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) apresentar uma proposta que cancele a greve dos motoristas.
Os plenários começam logo pela manhã e prolongam-se ao longo de todo o dia.
O Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) começa por realizar um plenário apenas para os seus associados às 09:30, em Leiria.
Já em conjunto com o SNMMP, decorrem mais duas reuniões: uma pelas 16:00, em Aveiras de Cima, e outra às 17:00, em Olhão.
O Governo decretou na quarta-feira serviços mínimos entre 50% e 100% para a greve dos motoristas de mercadorias que se inicia na próxima segunda-feira, por tempo indeterminado.
Os sindicatos grevistas decidiram, então, impugnar o despacho dos serviços mínimos, entregando providências cautelares no Tribunal Administrativo de Lisboa.
Na segunda-feira, numa reunião entre os dois sindicatos grevistas e o Governo, o Ministério das Infraestruturas propôs aos sindicatos a possibilidade de ser desencadeado “um mecanismo legal de mediação”, que obriga patrões e sindicatos a negociar e que permite que a greve seja desconvocada.
À saída da reunião, Pedro Pardal Henriques, garantiu que a greve vai manter-se até a Antram apresentar “uma contraproposta” para os sindicatos analisarem nos plenários de hoje.
O SNMMP e o SIMM entregaram um pré-aviso de greve em 15 de julho e acusaram a Antram de não querer cumprir o acordo assinado em maio, acordo esse que, segundo os sindicatos, levou à desmarcação de uma greve que estava programada para aquela altura.
Os representantes dos motoristas pretendem um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: 700 euros em janeiro de 2020, 800 euros em janeiro de 2021 e 900 euros em janeiro de 2022, o que, com os prémios suplementares que estão indexados ao salário-base, daria 1.400 euros em janeiro de 2020, 1.550 euros em janeiro de 2021 e 1.715 euros em janeiro de 2022.
Também se associou à greve o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).
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