Para Acácio Pereira, presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF, o novo diretor tem de ser alguém que “saiba retirar a pressão a que o serviço tem sido sujeito”, ressalvando, desde logo que, neste momento, “não é possível ao SEF fazer face às necessidades com os meios humanos que dispõe”.
“O diretor indigitado é alguém que conhece a instituição e nessa medida é uma mais-valia e uma responsabilidade acrescida”, disse à Lusa, acrescentando que espera que Carlos Moreira “venha trabalhar com os profissionais”.
Para o dirigente sindical, a tarefa do novo diretor passa por “pôr o SEF a funcionar, mas ao mesmo tempo demonstrar as fragilidades que o serviço tem”.
Renato Mendonça, presidente do Sindicato dos Inspetores e Investigação do SEF disse à Lusa que está “expectante para ver a abordagem do novo diretor”, lembrando que Carlos Moreira esteve “vários anos afastado do serviço”.
“Espero que venha com vontade de ouvir as bases [inspetores] e que queira dialogar com as entidades representativas dos trabalhadores”, acrescentou.
Também a presidente do Sindicato dos Funcionários do SEF, Manuela Niza Ribeiro, disse estar “na expectativa para ver que decisões vai tomar”, defendendo, contudo, que o diretor deveria ser “alguém de fora do serviço, um gestor que viesse apenas com o caderno de encargos de pôr ordem na casa”.
“Em termos de competência técnica é impoluto, tem bagagem técnica. Estamos expectantes, mas receamos a sua ligação só a uma parte do serviço [inspetores]”, afirmou Niza Ribeiro para acrescentar que, neste momento, o sindicato “não passa cheques em branco nem ostraciza ninguém”.
Segundo uma nota enviada pelo Ministério da Administração Interna, Carlos Alberto Matos Moreira era oficial de Ligação do MAI junto da União Europeia, na Representação Permanente de Portugal, em Bruxelas, tendo ingressado no SEF em 1991, onde foi diretor regional do centro entre 2003 e 2007.
Carlos Moreira substitui Luísa Maia Gonçalves, que se demitiu na semana passada.
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