“Tivemos discussões de fundo muito positivas”, disse Geir Pedersen, após um encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria, Faisal Al-Mokdad, durante uma visita à capital do país, Damasco.
“Discutimos (…) os desafios económicos e humanitários (…), os desafios em matéria dos meios de subsistência e o que todos podemos fazer para ajudar a melhorar esta situação”, acrescentou.
Pedersen disse esperar “avanços” ao nível do Comité Constitucional, acreditando ser “possível convocar uma sexta ronda” de negociações entre seus membros.
Este comité – composto por 45 pessoas que representam, de forma igualitária, o Governo de Damasco, a oposição e a sociedade civil – foi criado em setembro de 2019 e já se reuniu cinco vezes sem, contudo, ter conseguido avanços significativos.
O enviado da ONU descreveu a quinta ronda de negociações, que terminou em fracasso no final de janeiro, como uma “oportunidade perdida” e “uma deceção”.
Desde então, as negociações foram interrompidas quando o Presidente Bashar al-Assad foi reeleito para um quarto mandato, numa eleição presidencial criticada pelos opositores e pelo Ocidente.
No seu juramento, em julho, Assad prometeu fazer da “libertação de áreas”, ainda sob controle rebelde ou ‘jihadista’, uma de suas principais prioridades.
Várias rondas de negociações patrocinadas pela ONU não conseguiram conter a violência na Síria, que já fizeram cerca de 500.000 mortos e levaram à fuga de milhões de pessoas desde o início do conflito, em 2011.
Nos últimos anos, os esforços da ONU têm-se concentrado sobretudo na missão do Comité Constitucional.
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