Além de Myanmar, o sismo de magnitude 7,7 foi sentido na China, Tailândia, Bangladesh, Índia e Laos, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

O epicentro foi localizado a 16 km a noroeste da cidade birmanesa de Sagaing, perto da cidade de Mandalay.

Myanmar está situada perto de uma zona de grande atividade tectónica devido à pressão entre a placa do subcontinente indiano, a sul, e a placa euro-asiática, a norte.

O sismo de hoje é um dos mais fortes registados nos últimos anos. Em agosto de 2016, um terramoto de magnitude 6,8 atingiu o país.

Os efeitos do sismo

Jornalistas da AFP em Naypyidaw, a capital, disseram que estradas e edifícios ficaram danificados pela força do abalo. Há também uma ponte destruída.

Depois do primeiro sismo, um segundo terramoto, com uma magnitude de 6,4, abalou também regiões na Tailândia 12 minutos mais tarde.

Imagens nas redes sociais mostram pessoas a sair de prédios em Banguecoque, a capital do país, e a reunir-se nas ruas. Há edifícios destruídos, nomeadamente templos religiosos e algumas casas.

Além disso, ruiu um prédio em construção na zona do mercado de Chatuchak.

O Governo da Tailândia decretou o estado de emergência na capital do país.

A contabilização de vítimas

Pelo menos três pessoas morreram no colapso do edifício de trinta andares em construção em Banguecoque. O vice-primeiro-ministro tailandês, Phumtham Wechayachai, disse as que buscas continuam para encontrar 81 pessoas presas nos escombros.

Em Myanmar, pelo menos três pessoas morreram na cidade de Taungoo, quando uma mesquita desabou parcialmente. Noutra mesquita em Mandalay terão morrido 20 pessoas, mas o número avançado pela imprensa local ainda não foi confirmado.

Há ainda registo de oito mortos num prédio de construção no município de Pyi Gyi Tagon, em Mandalay. Outras pessoas estão desaparecidas.

No total, o forte sismo ocorrido em Myanmar causou pelo menos 144 mortos e 732 feridos no país, segundo um balanço provisório divulgado pelo chefe da junta militar birmanesa.

Min Aung Hlaing apelou a “todos os países, todas as organizações” para que ajudem as vítimas do sismo, cujo balanço inicial era de duas dezenas de mortos na antiga Birmânia.