Desenvolvido por uma equipa de investigação do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e da Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP), nos últimos dois anos, o novo sistema “está totalmente ajustado às necessidades de formação e treino específicos dos enfermeiros”.
De acordo com os investigadores, a mesa de simulação instalada na ESEP, que será já este mês utilizada por mais de 300 futuros enfermeiros, já existia. Trata-se de um equipamento designado Body Interact, desenvolvido e comercializado pela empresa Take the Wind, mas “o novo ‘software’ - que agrega a informação relativa aos cenários clínicos específicos para o treino dos enfermeiros - é único no mundo”.
Miguel Padilha, investigador do CINTESIS e professor da ESEP, refere em comunicado que esta é uma “ferramenta bem adaptada às novas gerações de jovens estudantes, que conhecem, dominam e preferem sistemas pedagógicos mais interativos”.
Mas o investigador e professor universitário garante que este equipamento não constituiu apenas uma forma de tornar a transmissão do conhecimento mais atrativa.
“Este sistema de simulação na área da enfermagem foi pensado para treinar o processo de raciocínio e de tomada de decisão dos enfermeiros que, confrontados com casos reais, têm de saber tomar as decisões corretas de forma rápida e eficaz. O algoritmo fisiológico desenvolvido faz com que as reações da máquina sejam dinâmicas. Ou seja, os cenários não se repetem, o que promove o treino das competências cognitivas dos estudantes”, sustenta.
De acordo com Miguel Padilha, “através da utilização deste simulador nas aulas da Escola Superior de Enfermagem do Porto será possível estabelecer um patamar mínimo para as competências de decisão clínica dos estudantes que, em última análise, beneficiará os doentes, através do aumento da qualidade e segurança dos cuidados em saúde”.
Paulo Machado, também investigador do CINTESIS e professor da ESEP, envolvido na criação desta nova ferramenta de ensino na área da enfermagem, salienta que “este sistema é adaptável a dezenas de cenários clínicos pré-configurados e totalmente dinâmicos em áreas como a cardiologia, endocrinologia, neurologia, doenças respiratórias, doenças infecciosas, trauma, gravidez e pediatria.”
A tecnologia em causa oferece aos estudantes e profissionais uma experiência realista com um doente virtual e complementa as atuais estratégias de aprendizagem na educação em saúde, contribuindo para um processo de aprendizagem mais rápido e efetivo.
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