“Na sequência da reunião havida com o Sr. MIH [ministro das Infraestruturas e Habitação] e da posterior confirmação por parte da TAP do cumprimento imediato dos compromissos anunciados no comunicado do Ministério das Infraestruturas e Habitação, nomeadamente o pagamento dos subsídios de férias e das anuidades”, e com os “claros compromissos em relação à alteração do quadro acionista da empresa que julgamos indispensáveis para a estabilização e perenidade da SPdH/Groundforce, considera o Sitava estarem reunidas as condições mínimas necessárias para que as greves anunciadas sejam desconvocadas”, adiantou, em comunicado.
Para já, os sindicatos dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (STTAMP) e dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA) mantêm os avisos prévios de greve em vigor para a Groundforce “até à data em que os pagamentos forem efetivamente concretizados, visto que num passado recente estes dois sindicatos já teriam chegado a acordo para o pagamento do subsídio de férias, tendo o mesmo sido recusado por parte de Alfredo Casimiro que, apesar das mudanças iminentes da estrutura acionista, à data de hoje ainda é o presidente do Conselho de Administração”, adiantaram, na quinta-feira.
Estas estruturas recordaram que “encontram-se emitidos avisos prévios de greve” para o final de julho e para o mês de agosto, incluindo greve total das 00:00 do dia 30 de julho até às 24:00 do dia 31 de agosto, prolongando-se ao trabalho suplementar até ao final do ano.
Pelo contrário, os sindicatos dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) e dos Economistas (SE) desconvocaram na quinta-feira a greve na Groundforce marcada para 31 de julho, 1 e 2 de agosto.
“Fruto da histórica greve do fim de semana passado, do qual os trabalhadores são os únicos protagonistas, foi possível, numa reunião hoje às 14:30, chegar a um compromisso com o Governo, no sentido de desbloquear, com efeitos imediatos a greve dos dias 31, 01 e 02 de agosto”, informaram as estruturas sindicais, em comunicado, na quinta-feira.
Os termos da desconvocação, explicaram, são o “pagamento do subsídio de férias e das anuidades vencidas 2021, antes do processamento salarial de julho (dia 28), para todos os trabalhadores”, a “garantia efetiva, e já tornada pública pelo Governo, do pagamento pontual e integral do salário de julho”, bem como a “garantia efetiva, e já tornada pública pelo Governo, de que a situação acionista da Groundforce será resolvida muito em breve, ou pela venda das ações a um privado por parte do Montepio, ou por ação/intervenção do Estado Português e da TAP”.
“Como em qualquer processo, a confiança tem que imperar entre os interlocutores, nem que seja numa dimensão mínima e por um bem maior”, consideraram os representantes dos trabalhadores, que afirmam que “a forte mobilização de todos os trabalhadores em todos os aeroportos”, na greve do fim de semana passado, “foi determinante para este desfecho”.
A Groundforce conta com cerca de 1.600 trabalhadores sindicalizados, sendo o Sitava, com mais de mil, o sindicato com mais peso, seguido do STHA e do STTAMP.
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