O número de contratações no Serviço Nacional de Saúde disparou, tendo atingido um máximo absoluto em janeiro deste ano.

De acordo com os dados mais recentes do Portal da Transparência do Ministério da Saúde, citados pelo jornal Público,  as contratações dispararam e o SNS tinha 147.075 trabalhadores em janeiro deste ano, mais 9.889 do que no mesmo mês do ano passado.

Estes números referem-se tanto a médicos como a enfermeiros e assistentes operacionais, assim como assistentes técnicos e técnicos de diagnóstico e terapêutica.

No entanto, é preciso olhar para estes números com cuidado: estas contas incluem todo o tipo de contratos, incluindo os precários.

À publicação, a presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, refere que “mais de 60%” dos trabalhadores que foram entrando ao longo dos meses da pandemia estão contratados a prazo.

A somar a isto, outro detalhe. Em janeiro, como é habitual todos os anos, entraram nos serviços os médicos acabados de sair da faculdade (2032 internos para o ano de formação geral, segundo os dados da Administração Central do Sistema de Saúde — ACSS).

Associações dos profissionais de saúde pedem cautela na leitura e dizem que números são "ilusórios".

"Continuamos a ter pessoas a fazer turnos duplos, de 16 horas", alerta o presidente do Sindicato Independente dos Técnicos Auxiliares de Saúde, Paulo de Carvalho. “Estes números não têm qualquer credibilidade. Onde estão esses médicos? Venham ver as escalas dos hospitais e olhem para o número de pessoas que não têm médico de família”, contesta Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM).

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