Numa conferência de imprensa sobre os trabalhos de busca, o tenente Flávio Godinho, da Defesa Civil, confirmou os novos números de vítimas e informou que as ações de resgate mobilizam cerca de 400 pessoas, entre bombeiros, soldados do Exército e voluntários.
Já Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, acrescentou que a chuva que cai na região levou a alterações nas operações, que estão a ser monitorizadas para não colocar as equipas de resgate em perigo.
Aihara afirmou também que as equipas precisam de fazer escavações bem profundas para tentar encontrar os corpos das vítimas.
Os trabalhos de recuperação dos corpos são complexos e desenvolvem-se lentamente devido à complexidade do terreno e à montanha de resíduos que, em algumas áreas, atingiu os 20 metros de altura.
O desastre na barragem em Brumadinho ocorreu no último dia 25, quando uma das barragens nas quais a mineradora Vale armazenava resíduos, localizada na cidade de Brumadinho, no estado brasileiro de Minas Gerais, rebentou e gerou uma avalanche de lama que soterrou as instalações da própria empresa e centenas de propriedades rurais.
Após o desastre, a Vale anunciou que vai fechar todas as barragens construídas com o mesmo método da de Brumadinho, ou seja, erguidas a partir do próprio lixo e da terra na área.
A mineradora brasileira já esteve envolvida num outro acidente semelhante ocorrido numa das minas da sua subsidiária Samarco no estado de Minas Gerais há três anos, na cidade de Mariana, no qual morreram 19 pessoas após a rutura de uma outra barragem.
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