De acordo com os dados divulgados pela ANPDH, a repressão das manifestações provocou ainda 2.500 feridos, 156 desaparecidos e 46 incapacitados permanentes.
O último balanço oficial da Comissão Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH) apontava para 221 mortos.
“A ação repressiva do Estado fez pelo menos 212 mortos e 1.337 feridos até 19 de junho, [em pouco mais de dois meses, e] até 06 de junho mais de 500 pessoas foram detidas”, indicou a CIDH, ao apresentar o seu relatório final sobre a crise na Nicarágua, no Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), numa sessão transmitida em direto pela televisão nicaraguense.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Nicarágua, Denis Moncada Colindres, reagiu ao relatório da CIDH classificando-o como “parcial” e assegurando que “não é política de Estado a repressão das forças sociais”.
Desde 18 de abril, a Nicarágua está mergulhada na crise sociopolítica mais sangrenta ocorrida desde os anos 1980, também com Daniel Ortega como Presidente.
Os protestos contra Ortega e a mulher, a vice-presidente Rosario Murillo, começaram por causa de reformas fracassadas da segurança social e transformaram-se depois em exigências de demissão do chefe de Estado, depois de 11 anos no poder, alvo de acusações de abuso de poder e corrupção.
Comentários