A Estratégia Local de Habitação, a que a agência Lusa teve hoje acesso, prevê um investimento de 6,3 ME, dos quais 3,7 ME vão ser investimento municipal e 2,5 ME dos proprietários das habitações.

A estratégia, já aprovada em assembleia municipal, abrange 23 medidas para serem desenvolvidas até 2028, entre as quais a aquisição e reabilitação de imóveis e a aquisição de terrenos e construção de habitação pelo município.

Outras medidas passam, por exemplo, pela dinamização da reabilitação urbana e da melhoria das condições térmicas habitacionais, pela valorização do espaço público ou pela criação de resposta habitacional para alojamento urgente e temporário.

No âmbito do trabalho, foram diagnosticadas 59 famílias, num total de mais de uma centena de cidadãos, em condições habitacionais de precariedade (18), de insalubridade e insegurança (13), de sobrelotação (13) e de inadequação (15).

A Câmara Municipal dispõe apenas de uma moradia T2, ocupada por uma família, e a Junta de Freguesia de Santa Quintino outra de tipologia T1, em mau estado de conservação, motivo pelo qual tem necessidade de aumentar o seu parque habitacional municipal.

Em 2021, quando foi efetuado o diagnóstico do concelho, o concelho possuía 4.230 edifícios e 5.475 alojamentos, tendo a maioria 38 anos de idade, apresentando por isso um certo envelhecimento.

Cerca de 30% precisavam de reparação e, entre estes, 23,3% precisavam de reparações médias e 10,5% grandes reparações.

O rendimento mensal médio das famílias estava abaixo da média da região e do país, situando-se nos 1.029 euros.

Pela localização do concelho, os custos com a compra ou arrendamento de habitação tem vindo a subir, em resultado da diminuta oferta habitacional e da dificuldade de acesso à habitação.

Sobral de Monte Agraço tem 10.500 habitantes, segundo os últimos Censos.