Timmermans, vice-presidente da Comissão Europeia desde 2014 e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros holandês (2012-2014), precisou que espera ser o candidato escolhido pelo Partido Socialista Europeu (PSE).
“Quero ser o candidato dos socialistas e democratas para ser o seu cabeça-de-lista às eleições europeias e tornar-me o próximo presidente da Comissão Europeia”, disse à imprensa na sua cidade natal de Heerlen, no sul da Holanda.
Mesmo que seja escolhido como candidato do PSE, Timmermmans, 57 anos, vai ter dificuldade em suceder a Jean-Claude Juncker, porque não parece neste momento provável que o grupo socialista vença as europeias de maio de 2019.
O cargo de presidente da Comissão Europeia deve acabar por ser para um político do centro-direita, membro do Partido Popular Europeu (PPE), que deverá ser o maior grupo político no Parlamento Europeu.
Até ao momento, são candidatos à nomeação pelo centro-direita o alemão Manfred Weber, líder do grupo parlamentar do PPE no Parlamento Europeu, e o ex-primeiro-ministro finlandês, Alexander Stubb. Michel Barnier, o principal negociador europeu para o ‘Brexit’, anunciou em setembro que não é candidato à nomeação.
Do lado dos socialistas, o ex-chanceler austríaco Christian Kern, que há um mês tinha mostrado disponibilidade para a corrida à nomeação, acabou por anunciar no sábado que abandona a vida política. Na corrida, além de Timmermans, está até ao momento o comissário europeu da Energia, o eslovaco Maros Sefcovic.
Os socialistas europeus deverão anunciar o seu candidato à presidência da Comissão Europeia no Congresso previsto para dezembro em Lisboa.
Cabe ao Conselho Europeu, compostos pelos chefes de Estado e de Governo dos países da União Europeia (UE), designar um candidato à presidência da Comissão, o qual se submete depois a votação no Parlamento Europeu.
O Tratado de Lisboa determina que o resultado das eleições europeias seja tido em conta na escolha do próximo presidente da Comissão Europeia, mas o Conselho não é legalmente obrigado a fazê-lo.
A escolha de candidatos pelos grupos políticos ocorreu pela primeira vez nas eleições europeias de 2014, em que Jean-Claude Juncker, candidato pelo PPE, sucedeu a José Manuel Durão Barroso.
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