De acordo com uma denúncia efetuada pela associação ambientalista ZERO, existe uma nova mancha de solos contaminados, tendo sido “descoberto um novo depósito de resíduos com hidrocarbonetos” perto do Hospital da CUF, cuja construção já tinha posto à vista “uma grande quantidade de solos contaminados”.

Em declarações à Lusa, o presidente de mesa da Assembleia Geral daquela associação, Carlos Ardisson, considera que “a maior parte do solo não foi tratado”, o que consequentemente “foi contaminar outros locais”.

Carlos Ardisson revela que a associação de moradores ACIPN tem muitas dúvidas em relação às águas que circulam nos solos do Parque das Nações, crendo que estão contaminadas.

Neste sentido, o responsável prevê que as águas provenientes dos solos vão ser bombeadas para o rio “sem que ninguém queira saber de nada”, “sem que ninguém faça o que tenha a fazer”.

Quanto ao futuro, o representante de moradores da ACIPN acredita que “nada vai ser feito”, porque “infelizmente neste país a APA [Agência Portuguesa do Ambiente], a CCDR [Comissão Coordenadora de Desenvolvimento Regional] e a Câmara Municipal de Lisboa não querem saber", estando "mais preocupadas com os grupos económicos que estão a construir”.

“Não queremos alertar as pessoas que é terrível o Parque das Nações”, disse Carlos Ardisson, afirmando que a zona continua a ser muito agradável, porém “com muito menos qualidade do que tinha no tempo do Parque Expo”.

Carlos Ardisson atribuí responsabilidades à Câmara Municipal de Lisboa e à Junta de Freguesia pela zona ter menos qualidade, justificando que estas entidades já “não têm a mesma preocupação” em "manter o espaço com a qualidade" que este teve durante "o tempo da Parque Expo".