De acordo com uma sondagem publicada esta sexta-feira no Expresso, se as eleições autárquicas fossem hoje, Fernando Medina seria reeleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa com a mesma percentagem obtida em 2017: 42%.

Se Medina voltaria a falhar a maioria absoluta, a projeção do ISCTE/ICS feita para o Expresso e SIC, diz que a direita voltaria a ficar longe de reconquistar a autarquia da capital portuguesa, que desde Carmona Rodrigues que tem estado nas mãos do Partido Socialista. Segundo a sondagem, Carlos Moedas obtém 31% das intenções de voto dos inquiridos.

Caso o atual presidente seja reeleito sem maioria absoluta, o holofote destas eleições vão também recair sobre o terceiro lugar e sobre quem poderá ser o parceiro do PS para criar uma maioria. Com o Livre a alinha numa coligação pré-eleitoral, Bloco de Esquerda e CDU são as opções mais expectáveis, não só pelo papel que ambos tiveram no apoio à governação socialistas no plano nacional nos últimos anos, mas também porque o PS e o BE reencenaram um mini 'geringonça' nas últimas autárquicas. Segundo a projeção, espera-se que a bloquista Beatriz Gomes Dias consiga 8% dos votos e o comunista João Ferreira 6%.

No que concerne aos restantes candidatos com percentagens palpáveis, Nuno Graciano, do Chega, recolhe 4% das intenções de voto, Manuela Gonzaga, que se recandidata pelo PAN, consegue 3% e, por fim, Bruno Horta Soares, da Iniciativa Liberal, é aquele que reúne menos intenções de voto, apenas 2%.

A Câmara de Lisboa é atualmente composta por oito eleitos pelo PS (incluindo dos Cidadãos por Lisboa e do Lisboa é Muita Gente), um do BE (que tem um acordo de governação do concelho com os socialistas), quatro do CDS-PP, dois do PSD e dois da CDU.

Na corrida à presidência da autarquia foram até agora anunciadas as candidaturas de Fernando Medina (coligação PS/Livre), Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), João Ferreira (CDU), Bruno Horta Soares (IL), Nuno Graciano (Chega), Beatriz Gomes Dias (BE), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt) e João Patrocínio (Ergue-te).

Medina está à frente da câmara desde 2015, quando sucedeu ao agora primeiro-ministro, António Costa.

As eleições autárquicas acontecem no dia 26 de setembro de 2021.