Hemasiri Fernando entregou a sua carta de demissão ao Presidente Maithripala Sirisena, que é também o ministro da Defesa.
“Ele disse ao Presidente que aceita a responsabilidade” pelo fracasso das forças de segurança antes dos atentados, declarou a fonte que não quis ser identificada.
O Sri Lanka reconheceu que fracassou na missão de assegurar a segurança nacional, por dispor de informações prévias de serviços secretos que indicavam que um movimento islamita local se preparava para realizar atentados.
Em 11 de abril, o chefe da polícia do Sri Lanka escreveu uma nota de alerta, indicando que o National Thowheeth Jama’ath (NTJ) preparava ataques suicidas contra “igrejas emblemáticas”.
O alerta baseava-se em elementos fornecidos pelos serviços secretos indianos, indicou hoje à AFP uma fonte com conhecimento do dossier.
O documento foi transmitido a vários altos responsáveis, mas não ao primeiro-ministro nem ao vice-ministro da Defesa, num contexto de guerra aberta entre o Presidente e o primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe.
“Houve claramente uma falha da comunicação dos serviços secretos. O governo deve assumir as suas responsabilidades pois se a informação tivesse sido transmitida às pessoas corretas poder-se-ia talvez ter evitado ou minimizado” os atentados, disse na quarta-feira, em conferência de imprensa, o vice-ministro da Defesa, Ruwan Wijewardene.
Os atentados suicidas no domingo de Páscoa no Sri Lanka ocorreram em oito locais diferentes e causaram ainda mais de 500 feridos.
Um português residente em Viseu está entre as vítimas mortais.
Já foram detidos 58 suspeitos de ligação aos atentados reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
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