Num comunicado de imprensa, o Ministério da Saúde sudanês indicou que entre 28 de agosto e o dia 08 de setembro registaram-se 37 casos de diarreia aguda, três deles em pacientes que perderam a vida, nesse estado do sudeste do país.
Os resultados dos exames feitos pelos responsáveis da Saúde confirmaram a presença da bactéria da cólera em quatro de seis mostras desses pacientes do Nilo Azul, uma zona que foi atingida por inundações nas últimas semanas.
Atualmente os hospitais das cidades de Al Damazin, Roseires e Qaisan, naquela área, estão a receber pacientes suspeitos de sofrerem da doença.
O ministério pediu à OMS vacinas para a cólera com o objetivo de imunizar os habitantes daquela região.
O diretor do departamento de epidemias do Ministério da Saúde, Omar Ali, destacou, em declarações à agência espanhola Efe, que os anteriores casos registados no país remontam ao ano de 2007.
Por seu lado, um porta-voz do sindicato Comité Central de Médicos, Husam Amin Badaui, afirmou à Efe que, em 2017, houve 700 casos de cólera no país, mas o regime de então, do Presidente Omar al-Bashir, negava a sua existência e considerava os casos como uma diarreia aguda.
No último sábado, o Movimento de Libertação Popular do Sudão anunciou que o estado do Nilo Azul é uma zona de desastre natural, devido às inundações e chuvas que se têm registado desde há um mês.
Por isso, o movimento fez um apelo às organizações locais, regionais e internacionais para que levem a ajuda humanitária às pessoas para assim poderem salvar os afetados pelas intempéries.
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