Em comunicado enviado à Lusa, a embaixada da Suécia em Maputo indica que o programa vai apostar na transmissão do conhecimento, oportunidades e capacidade das mulheres e raparigas em relação ao aborto, cuidados e meios contracetivos.
A iniciativa, prossegue a nota de imprensa, vai concentrar as suas ações nas províncias de Nampula, norte, e Zambézia, centro, duas províncias que estão entre as piores em termos de indicadores de saúde sexual e reprodutiva em Moçambique.
“No âmbito deste programa, será realizado um esforço significativo para garantir que as partes interessadas do sistema de saúde sejam sensibilizadas, estejam comprometidas e possuam conhecimentos e habilidades necessárias para prestar serviços de aborto acessíveis e de boa qualidade”, refere o comunicado.
A embaixada da Suécia em Maputo assinalou que a iniciativa se enquadra na Lei de Acesso ao Aborto Seguro, aprovada pela Assembleia da República de Moçambique em 2014, e que descriminalizou o aborto até às 12 primeiras semanas de gravidez.
Dados do Ministério da Saúde moçambicano indicam que cerca de 11% da mortalidade materna no país é devida ao aborto inseguro e à sua natureza clandestina.
Atualmente, os serviços que fazem o aborto seguro estão disponíveis apenas nas províncias urbanas do sul do país.
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