“A partir de hoje seremos mais visíveis e estaremos em locais estratégicos importantes de caráter civil”, declarou à televisão pública SVT Tomas Angshammar, porta-voz do regimento de Gotland, numa alusão ao porto e ao aeroporto da maior ilha da Suécia no mar Báltico.

O motivo reside na “crescente atividade” nas zonas próximas da Suécia, e a importância de “demonstrar aos habitantes de Gotland e a outros países que possuímos uma defesa ativa que se adapta consoante a situação”.

A Defesa sueca considera, no entanto, que o risco de ataque ao país escandinavo é “baixo”.

A tensão entre a Suécia e a Rússia acentuou-se nos últimos anos, coincidindo com o início do conflito russo-ucraniano, com denúncias mútuas de violações do espaço aéreo, em particular pela parte sueca.

O incidente mais grave ocorreu em 2014, quando Estocolmo se referiu a uma violação do seu território por um alegado submarino estrangeiro, responsabilizando indiretamente a Rússia, mas a principal prova, diversas fotos disponibilizadas por civis, foi abandonada alguns meses depois.

Nos últimos anos, a Suécia intensificou a sua colaboração com a NATO, com quem mantém um acordo de associação, e aprovou várias medidas para aumentar o orçamento da Defesa.

O Governo de Estocolmo decidiu ainda enviar um destacamento permanente para Gotland, restabelecer o serviço militar obrigatório, permitir a presença de tropas da NATO em território sueco e reeditar um guia com informação sobre a forma de atuar em caso de emergência ou invasão militar.

Em 2018, as Forças Armadas suecas convocaram os 22.000 membros da Guarda nacional, um corpo permanente de reservistas voluntários, para comprovar a sua capacidade de mobilização, medida que não era adotada desde 1975.