“Estávamos todos bêbedos e queríamos fumar umas ganzas. Ninguém ia para roubar nada”, disse um dos arguidos, que falava na primeira sessão do julgamento, à qual faltou o quarto acusado.

Questionado pelo coletivo de juízes, o suspeito contou que se dirigiram à residência em questão, por sugestão de um arguido que conhecia os donos, para ir buscar droga.

Garantiu ainda que “ninguém forçou a porta para entrar”, adiantando que a mulher abriu a porta “de boa vontade” e reconheceu logo um dos arguidos.

“Ela fez o que ela quis. Se quisesse sair da casa e levar os filhos podia tê-lo feito”, adiantou, rejeitando qualquer ação para restringir os movimentos da vítima.

Um outro arguido contou que foram àquela casa para ir buscar droga e vieram logo embora, adiantando que não trouxeram nem dinheiro, nem telemóveis.

O terceiro arguido admitiu, no entanto, que trouxe consigo um telemóvel e um ‘tablet’, mas assegurou que tinha intenção de os devolver.

Os factos ocorreram na manhã do dia 11 de janeiro de 2018, cerca das 07:00.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), os quatro homens dirigiram-se a uma residência em Vagos com o intuito de se apropriarem de bens a valores que ali se encontrassem, se necessário com recurso à violência.

Os investigadores referem que os assaltantes bateram à porta e forçaram a entrada na casa, surpreendendo a dona da habitação, que gritou várias vezes para que não lhe fizessem mal nem às suas filhas de 14 meses e três anos, que estavam a dormir no quarto.

Depois de passarem em revista as várias divisões da casa à procura de bens ou dinheiro, os arguidos acabaram por abandonar o local, levando consigo 300 euros e uma carteira, além de um ‘tablet’ e um telemóvel, que vieram a ser recuperados.

Os quatro homens, com idades entre os e os 22 e os 35 anos, foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro poucos dias após o assalto. Dois deles ficaram em prisão preventiva e os outros dois estão com apresentações periódicas no posto policial da área de residência.

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