Segundo adianta a agência norte-americana, um acordo de paz permitiria a Washington trazer para casa as suas tropas no Afeganistão e encerrar o compromisso e presença militar de 18 anos no país, o mais longo dos Estados Unidos.
Os Estados Unidos pretendem que qualquer acordo inclua uma promessa dos talibãs de que o Afeganistão não será usado como base por grupos terroristas.
Atualmente, os Estados Unidos têm cerca de 12 mil soldados no Afeganistão.
O chefe dos talibãs deverá aprovar o acordo, conforme é esperado. A duração do cessar-fogo temporário não foi especificada, mas fontes adiantam que duraria 10 dias.
O grupo de negociação dos talibãs reuniu-se com membros do Governo afegão antes de concordarem com o cessar-fogo, tendo a equipa de negociação regressado hoje ao Qatar, onde decorrem contactos.
Um ponto-chave do acordo, que os EUA e os talibãs têm vindo a estabelecer há mais de um ano, são as negociações diretas entre os afegãos de ambos os lados do conflito.
Oa talibãs tinham recusado anteriormente todas as ofertas de cessar-fogo do governo afegão, exceto uma trégua de três dias em junho de 2018, durante o feriado de Eid al-Fitr.
A atual proposta de cessar-fogo duraria uma semana a 10 dias. Durante esse período, um acordo de paz com os Estados Unidos seria assinado, disseram à AP fontes ligadas aos talibãs.
As negociações entre os afegãos dos dois lados do conflito continuariam para decidir sobre a forma do Afeganistão do pós-guerra.
Na passada segunda-feira, um soldado americano foi morto em combate na província de Kunduz, no norte. Os talibãs reivindicaram o atentado fatal na estrada que atingiu as forças americanas e afegãs em Kunduz.
No dia seguinte, um ataque dos talibãs num posto de controlo matou pelo menos sete soldados do exército afegão na província de Balkh, no norte do país.
Outras seis tropas afegãs foram mortas na mesma província na quinta-feira, num ataque dirigido a uma base do exército.
No dia seguinte, pelo menos 10 soldados afegãos foram mortos num ataque a um posto de controlo na província de Helmand, no sul.
Os talibãs atacam frequentemente as forças afegãs e norte-americanas, bem como funcionários do governo, mas dezenas de civis afegãos também são mortos no fogo cruzado ou por bombas colocadas nas estradas.
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