A diligência do tenente-general Martins Pereira tinha previsto começar pelas 10:00 no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e terminou pelas 15:45.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, "a diligência consistiu na inquirição de uma testemunha", adiantando que o processo "tem nove arguidos", entre os quais o ex-diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM), tenente Luis Vieira e o antigo porta-voz da PJM, major Vasco Brazão.

Pelas 11:00 horas da manhã, uma funcionária do DCIAP informou os jornalistas que o interrogatório de Martins Pereira, “por uma questão de logística, estava a decorrer na Polícia Judiciária”, cujas instalações ficam em frente ao DCIAP.

Martins Pereira foi chefe de gabinete do ex-ministro da Defesa Nacional entre 07 de dezembro de 2015 e 11 de janeiro de 2018 e é, desde 15 de janeiro, adjunto do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas para o Planeamento e Coordenação.

A Polícia Judiciária deteve em 25 de setembro o diretor e outros três responsáveis da PJM e um civil e três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé.

Para o Ministério Público, existem “factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas”.

O furto de material militar do paiol de Tancos - instalação entretanto desativada - foi revelado no final de junho de 2017. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

As armas acabaram por aparecer na Chamusca em 17 outubro de 2017 e foram recuperadas pela PJM, estando agora os contornos dessa operação em investigação no DCIAP.

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