À saída do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, onde decorre o interrogatório, Ricardo Sá Fernandes disse que o seu constituinte “ainda tem coisas para falar” e que “a sessão não passará para quarta-feira”, mas prevê que possa arrastar-se durante a noite e princípio da madrugada.

O advogado adiantou que o seu cliente está a fazer “um depoimento honesto, sério, com a verdade e a colaborar com a justiça, que é o que deve fazer”.

O interrogatório a Vasco Brazão está a ser o mais longo dos nove arguidos, uma vez que foi ouvido uma hora na manhã de hoje e três horas e meia da parte da tarde, prosseguindo ainda à noite.

Vasco Brazão escreveu nas redes sociais que apenas cumpriu ordens e que está arrependido, mas de consciência tranquila.

O militar português encontrava-se na República Centro-Africana em serviço com o contingente português da força das Nações Unidas e era alvo de um pedido de detenção feito pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal ao Estado-Maior General das Forças Armadas, tendo regressado a Portugal na segunda-feira.

A Polícia Judiciária deteve, em 25 de setembro, no âmbito da Operação Húbris, que investiga o caso da recuperação das armas furtadas em Tancos, o diretor e outros três responsáveis da Polícia Judiciária Militar, um civil e três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé.

Na sexta-feira, o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa decretou prisão preventiva para o diretor da Polícia Judiciária Militar, Luís Vieira, e para o civil.

Os restantes seis arguidos ficaram em liberdade, embora sujeitos a termo de identidade e residência, suspensão do exercício de funções, proibição de contacto com os coarguidos e com quaisquer militares das Forças Armadas, da GNR e elementos da PJM.

O TIC esclareceu que aplicou estas medidas ao diretor da PJM, aos restantes três elementos daquela polícia e aos três GNR pelo “perigo de continuação da atividade criminosa e perigo de perturbação do decurso do inquérito, aquisição e conservação da prova”.

Para o único arguido civil, João Paulino, que responde pelos crimes de tráfico de armas e tráfico de droga, o juiz de instrução criminal João Bártolo considerou que há “perigo de continuação da atividade criminosa e de fuga”.

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