“O homem que não dá a cara e que se chama António Costa está desaparecido em combate. Temos um primeiro-ministro ‘missing in action’. Está dado como desaparecido”, afirmou Rangel durante a apresentação da candidatura de Pedro Duarte à Assembleia Municipal do Porto pela coligação PSD/PPM.

Para Rangel, quando António Costa regressou de férias, devia ter tido “uma palavra ou um gesto junto do exército português”.

“Depois dos tumultos que sentimos no exército português ainda ontem [sábado], não seria de esperar que o primeiro-ministro, que é quem é responsável, em último termo, pela política de defesa, tivesse um gesto, uma palavra, uma visita que desse um sinal de confiança na serenidade e estabilidade das forças armadas”, afirmou.

E reiterou: “Onde está o primeiro-ministro? Está desaparecido em combate, está ‘missing in action’. É isso que está”.

No final, e questionado pelos jornalistas sobre a ausência do primeiro-ministro, Rangel disse considerar “incompreensível que, no momento em que o país sofreu o trauma que sofreu com Pedrógão Grande e em especial depois do roubo de Tancos, o primeiro-ministro não tenha sequer vindo ao país dar uma palavra, ter um gesto”

“Qualquer um de nós que está em férias, se tiver um problema sério em casa, regressa de férias. Um primeiro-ministro por maioria de razão. Agora, já regressou de férias e não teve uma palavra sequer para o exército. O exército está na turbulência que nós vimos ontem [sábado] e o primeiro-ministro não teve uma palavra”, criticou o eurodeputado para quem António Costa está “sem dúvida, desaparecido em combate”, o que “é grave”.

Para o eurodeputado “o primeiro-ministro provavelmente não sabe o que há de dizer” por “estar tão desorientado”

“O país está à deriva porque um primeiro-ministro, perante factos tão sérios e graves, não interrompe as suas férias e não vem ao país, é um primeiro-ministro que não está à altura daquelas que são as suas responsabilidades. E especialmente se já regressou, devia ter dito algo e dado um gesto para com as forças armadas que reponha a confiança, a segurança, a autoridade e até serenidade nas forças armadas”, disse.

"Nós estamos neste momento perante um poder nacional que no plano interno não cuida do equilíbrio territorial e no plano internacional deixa a credibilidade do país ao desbarato”, concluiu.

[Notícia atualizada às 20:29]