“A leitura que faço de Tancos é a leitura que faz qualquer português, é que é uma confusão e uma trapalhada completa. Ainda para mais, agora, o senhor general Rovisco Duarte diz que foi por assuntos pessoais, quando está na cara que são assuntos políticos”, afirmou Rui Rio, em Vila Real, quando questionado sobre a demissão do chefe do Estado-Maior do Exército (CEME).

O líder do PSD considerou necessário que haja “rapidamente uma clarificação” e salientou que “faz todo o sentido” que o novo ministro da Defesa seja ouvido na Comissão de Defesa para que as coisas fiquem clarificadas”.

“Até por essa razão, há um novo ministro da Defesa, é para começar uma nova etapa então vamos começar com as coisas devidamente clarificadas”, afirmou.

O presidente do PSD disse que é importante ouvir o novo ministro “não só sobre a demissão do CEME como a leitura que ele tem de todo este caso de Tancos”.

“Estamos a começar uma etapa nova, mas não podemos apagar o passado porque o passado é suficientemente grave e tem que ser explicado”, sublinhou.

Para Rui Rio, “a questão de Tancos, do ponto de vista político, não está ainda fechada” e, do ponto de vista judicial, “ainda está um bocado longe” de estar fechada.

O Ministério da Defesa Nacional anunciou na quarta-feira que aceitou o pedido de demissão do chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, e que iniciou o processo de substituição.

Em comunicado, o gabinete do ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, afirmou que o general Rovisco Duarte “pediu, por motivos pessoais” a exoneração do cargo.