No início da sessão, a decorrer no Centro Nacional de Exposições de Santarém, o juiz disse que não foi possível notificar Paulo Lemos para depor, porque este não se encontrar em nenhuma das moradas conhecidas pelo tribunal.
Serão realizadas novas diligências para encontrar a testemunha e a sua audição em julgamento ficou marcada para 13 de abril.
Paulo Lemos foi arguido no processo sobre o furto de armamento dos paióis de Tancos, e posteriormente ilibado pelo Ministério Público por ter demonstrado “arrependimento ativo” e colaborado nas investigações.
Os procuradores deram como provado que “Fechaduras”, após ter dado “informações essenciais” ao autor confesso do furto João Paulino, se arrependeu, o que lhe valeu deixar de estar indiciado por associação criminosa.
As informações de Paulo Lemos ao MP deram origem ao primeiro processo-crime, em 07 de abril de 2017, ou seja, mesmo antes do assalto aos paióis, que aconteceu na noite de 27 para 28 de junho do mesmo ano.
O Ministério Público acusou 23 pessoas, entre as quais o ex-ministro da Defesa José Azeredo Lopes no caso do furto e da recuperação das armas do paiol da base militar de Tancos.
Os arguidos são acusados de crimes como terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.
Dez dos 23 arguidos são acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 13, entre eles Azeredo Lopes, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.
Comentários