Na mensagem, enviada aos colaboradores, a gestão da transportadora aérea lembra que “a TAP tem vindo a cumprir o plano de reestruturação, nomeadamente no que diz respeito ao aumento de receita e também na redução de custos”, realçando que a diminuição de gastos “tem sido feita não apenas com incidência em cortes salariais, mas também através da renegociação de contratos com fornecedores e estabelecimento de parecerias mais vantajosas ou ganhos de eficiência”, entre outras medidas.
No entanto, reconheceu, a “aceitação dos Acordos de Emergência por parte dos Sindicatos, em representação de todos os trabalhadores, foi crucial para o sucesso da recuperação da TAP”, sublinhando que o “caminho de recuperação ainda não acabou, ainda está a ser percorrido” e recordando que “os acordos temporários de emergência estão em vigor até ao final de 2024”.
Ainda assim, destacou, “com o esforço de todos os trabalhadores e com uma gestão adequada, o desempenho financeiro da TAP está acima das projeções do plano de reestruturação”.
“Este desempenho permite antecipar a redução" dos cortes nos salários (para 20% acima da garantia mínima), "reconhecendo desta forma o esforço de todos os trabalhadores”, disse a TAP.
Os cortes - que eram de 25% - estavam previstos manter-se, para a maioria dos trabalhadores, até ao final deste ano.
Por outro lado, disse a Comissão Executiva, “por via do aumento do salário mínimo nacional (SMN), é também atualizado para 1.520 euros o valor – equivalente a dois SMN – abaixo do qual não são aplicados cortes (garantia mínima)”.
A gestão da transportadora garantiu que “pela conjugação destes dois fatores – corte reduzido para 20% e atualização da garantia mínima sem corte para 1.520 euros – aumenta o número de trabalhadores sem corte e o corte efetivo da parte dos salários acima da garantia mínima também é reduzido”, sendo que, destacou, “em termos práticos, o corte salarial real, na TAP SA [negócio da aviação], passa a ser em média de 7,3%”.
Por fim, reconhecendo os esforços dos trabalhadores, e tendo em conta a inflação e o aumento das taxas de juro, a Comissão Executiva disse que “estão a ser decididas e implementadas outras medidas com impacto remuneratório, adaptadas às especificidades das categorias profissionais”.
“Todas estas medidas são aplicadas com retroativos a partir de 01 de janeiro 2023 e estarão em vigor até 31 dezembro 2023”, indicou a companhia aérea.
“Não se ignora que os cortes que subsistem continuam a obrigar os trabalhadores a sacrifícios e esforço acrescido, mas as medidas agora anunciadas sinalizam que a TAP está no bom caminho para a recuperação”, destacou a gestão da transportadora.
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