Em comunicado, a TAP refere que a proposta efetuada hoje à SPdH (Groundforce) contempla a realização de um novo adiantamento “por conta de serviços prestados e a prestar” com o objetivo de viabilizar o pagamento daquele subsídio, evitando que “se precipite um cenário de disrupção numa altura crítica para os clientes”.
“A TAP disponibilizará de forma imediata e a título excecional fundos a título de adiantamento do pagamento de serviços prestados ou a prestar pela SPdH (Groundforce) à TAP”, refere o comunicado, com a TAP a sublinhar que, no âmbito deste acordo, a Groundforce “apenas poderá utilizar este montante para o pagamento do subsídio de férias dos seus trabalhadores, assim como os montantes inerentes a IRS e Segurança Social das remunerações”.
Além de pretender evitar um cenário de disrupção operacional nesta altura de verão e em que o movimento de passageiros já regista algum acréscimo, esta solução permitirá também, salienta a TAP, contribuir “para a estabilidade socioeconómica dos trabalhadores da Groundforce”.
Na sexta-feira, em comunicado conjunto, o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal (STTAMP) e o Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA) anunciaram o acordo com a TAP para o pagamento do subsídio de férias na Groundforce, tendo retirado o pré-aviso de greve.
“Foi possível chegar a um entendimento com o Governo/TAP tendo sido firmado o compromisso de ser pago o subsídio de férias aos trabalhadores da Groundforce”, referia o comunicado, assinalando que, em consequência, as estruturas sindicais levantavam os pré-avisos de greve que tinham sido entregues e que tinham efeito a partir desta semana.
No mesmo dia, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) considerou que o acordo com a TAP para o pagamento do subsídio de férias aos trabalhadores da Groundforce é “boa notícia”, mas manteve o pré-aviso de greve ao trabalho suplementar a partir de dia 15 e as greves de 30 e 31 de julho e de 01 de agosto.
A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal, de Alfredo Casimiro, e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.
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