“Estão calculadas cerca de 40 mil pessoas que estão nesta situação. As cinco regiões já estão todas a trabalhar para chegar a estas pessoas”, disse o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo numa audição na comissão parlamentar de Saúde.

“Pedimos às autarquias e às freguesias para nos ajudarem não só a identificar estas pessoas, como a fazer chegar estas pessoas ao processo e, eventualmente, para as pessoas que não podem chegar ao processo de vacinação porque não podem ser deslocadas, nós irmos a essas pessoas”, referiu o responsável pelo plano de vacinação.

O contributo da Fundação Calouste Gulbenkian através da disponibilização de carrinhas para acudir a estes casos foi igualmente enaltecido pelo coordenador da ‘task force’. Gouveia e Melo sublinhou que depois de uma fase de teste com cinco veículos na região Norte, o projeto vai entrar “numa fase de expansão” com a distribuição de “cerca de 50 carrinhas pelas outras regiões e ARS” [Administrações Regionais de Saúde].

“Este processo de qualidade, depois de um processo massivo, é importante. Ninguém pode ficar excluído do processo de vacinação e estamos preocupados com isto. É um esforço que consome muitos recursos humanos e requer muita capacidade organizativa para identificar e chegar a estas pessoas”, reforçou, adicionando ainda que os utentes que tiveram de ser remarcados para vacinação vão sê-lo “automaticamente” nas próximas duas semanas.

O responsável enfatizou a importância da criação de “mecanismos” para chegar a estes idosos “através das autarquias e de contactos de proximidade, incluindo a GNR”, no sentido de “evitar que idosos infoexcluídos ou isolados escapem à malha de vacinação”.

A agilização dos procedimentos administrativos foi outra preocupação reconhecida por Gouveia e Melo, ao manifestar o desejo de libertar os enfermeiros dessas tarefas para conseguir uma intensificação do ritmo de vacinação.

“O facto de só os enfermeiros poderem registar uma vacinação no portal é uma limitação, é um desperdício de recursos na minha opinião. Estamos a tentar retirar essa limitação”, asseverou o coordenador da ‘task force’, lembrando também que “os telefonemas são uma grande carga administrativa que muitas vezes recaem sobre os enfermeiros” e que espera pela aceleração do processo com a passagem para uma faixa da população mais jovem.

Por fim, o vice-almirante indicou que a vacina desenvolvida pela AstraZeneca, que tem estado envolta em alguma polémica ao longo das últimas semanas, tem um peso de 6,5 milhões nos 35,8 milhões de doses que Portugal deverá receber do lote de vacinas já contratualizadas.

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