O coordenador da 'task force' da vacinação contra a covid-19 defendeu hoje a necessidade de vacinar toda a gente que vive em Portugal, inclusive os imigrantes não legalizados, e apelou à comunidade para não ser “egoísta”.

“Nós não podemos deixar pessoas que vivem em território nacional sem vacinação. Não podemos ser egoístas. A comunidade não pode ser egoísta. Essas pessoas sem vacinação vão atacar a própria comunidade porque são propagadoras de vírus”, afirmou o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo.

O coordenador da ‘task-force’, que visitou esta manhã o maior centro de vacinação contra a covid-19 de Lisboa, respondia desta forma aos jornalistas que o questionaram sobre o processo de vacinação de imigrantes não legalizados.

A intenção de vir a vacinar este grupo tinha sido avançada por Henrique Gouveia e Melo na quarta-feira numa entrevista à RTP3.

O coordenador da ‘task force’ também comentou as apreensões das autoridades sanitárias de Israel sobre uma possível ligação entre a vacina da Pfizer/BioNTech e casos de inflamação cardíaca, ressalvando que “todas as situações são monitorizadas e estudadas”.

“O processo de vacinação tem um processo de monitorização dessa vacinação. Quando, por exemplo, alguém tem algum problema, após ter sido tomada alguma vacina, isso é reportado, é registado em base de dados e é estudado pelos especialistas. Portanto, se esses alertas de Israel são ou não significativos no nosso processo isso está a ser estudado”, atestou.

Na quarta-feira, a agência de notícias norte-americana Bloomberg veiculou que as autoridades sanitárias israelitas tinham encontrado uma ligação provável entre a vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 e casos de inflamação cardíaca.

Segundo a mesma fonte, em causa estão dezenas de casos de inflamação cardíaca em homens jovens após a segunda dose da vacina.

O medicamento já foi administrado a mais de cinco milhões de pessoas em Israel e o número de casos de infeção pelo novo coronavírus desceu a pique.