Em declarações aos jornalistas na Praça dos Restauradores, em Lisboa, Carlos Ramos recordou as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa que, na quarta-feira, pediu “um equilíbrio justo” entre o setor dos táxis e as plataformas eletrónicas de transporte que operam em Portugal.
“O que eu espero é que se atinja um equilíbrio justo na concorrência ante uma realidade que vem de trás e é socialmente muito importante e uma realidade que arrancou há menos tempo e que está a alargar-se na sociedade portuguesa”, afirmou o Presidente da República.
Hoje, Carlos Ramos, voltou a afirmar que enquanto não houver uma resposta do Governo, os taxistas não vão desmobilizar.
Em Lisboa, centenas de táxis continuam aparcados nos Restauradores, nos dois sentidos da Avenida da Liberdade e na Avenida Fontes Pereira de Melo até à Praça do Saldanha.
Os taxistas protestam contra a entrada em vigor, em 01 de novembro, da lei que regula as quatro plataformas eletrónicas de transporte que operam em Portugal – Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé.
O responsável criticou também a mudança de postura da PSP, pela abertura ao trânsito do eixo central da Avenida da Liberdade, em Lisboa, a partir das 07:30.
“Para nós, as condições mantinham-se. O protesto prolonga-se e as condições também se mantinham”, disse Carlos Ramos referindo-se diretamente às condições previamente acordadas com as autoridades policiais sobre as restrições de trânsito em Lisboa.
Para o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, os protestos que se verificam no Algarve e no Porto, não registam hoje qualquer alteração sobre o esquema de restrições ao trânsito automóvel.
Carlos Ramos estranha, por isso, a abertura do eixo central da Avenida da Liberdade, no centro da capital até porque, recordou, um comunicado da Câmara Municipal de Lisboa, alertava na noite de quarta-feira que os “cortes de trânsito” se iam manter.
“Isto pode criar problemas. Vai haver provocações. Já apelamos aos nossos colegas para que não respondam”, disse Carlos Ramos, acrescentando que no aeroporto de Lisboa também se verificou uma mudança da PSP ao impedir que os taxistas se mantivessem concentrados junto à Praça de Táxi.
Carlos Ramos frisou que vai responsabilizar a PSP “por algo que possa ocorrer”.
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