"Foi tudo cancelado. Não fazia sentido manter de pé o protesto, quando a senhora Procuradora-geral da República nos chamou e recebeu. Transmitimos todas as nossas preocupações", disse à Lusa Carlos Ramos, presidente da Federação Portuguesa do Táxi.
O responsável referiu que aguardam agora "por resultados concretos" do encontro.
A decisão foi comunicada esta tarde pela Federação Portuguesa do Taxi (FPT) e pela Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), depois da reunião que tiveram com a Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal.
Em comunicado, as duas associações referem que a Procuradora-Geral da República “garantiu que está mais sensível à situação do setor do táxi, sublinhando que já pediu informação sobre os processos judiciais em curso, para análise".
O protesto, designado "Desfile do Descontentamento", previa uma marcha a pé, com início no Parque Eduardo VII, e uma vigília à porta da Procuradoria Geral da República (PGR).
Esta manhã, em declarações à agência Lusa, os presidentes das duas associações já tinham avançado que iriam suspender a vigília à porta da PGR, mas que a realização da marcha a pé estaria dependente da decisão dos associados.
Os taxistas lutam há mais de um ano contra a atividade das plataformas eletrónicas de transporte de passageiros em veículos descaracterizados, como a Uber, Cabify, Taxify e Chofer em Portugal, por considerar que são ilegais.
O Parlamento prepara-se para debater na especialidade uma proposta de lei do Governo para regulamentar a atividade de transporte de passageiros em veículos descaracterizados, que tem merecido também a contestação das associações que representam os taxistas.
O Ministério do Ambiente, que tutela a pasta dos transportes, espera que a lei que regulamenta as plataformas eletrónicas de transporte em veículos descaracterizados seja votada no parlamento ainda este mês.
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