Os profissionais alertam que a greve irá afetar “praticamente todos os serviços de saúde, com especial incidência nos blocos operatórios, altas e internamentos hospitalares”, ou diagnósticos diferenciados.
Os técnicos, segundo um comunicado do sindicato do setor, protestam contra a desatualização da carreira, “sendo atualmente o único grupo de licenciados do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que não tem uma carreira compatível com o seu nível de qualificação”, e dizem que o Ministério da Saúde quer recomeçar do início um processo de revisão de carreira que começou em 2014.
A direção nacional do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica considera que a situação dos profissionais assume “contornos de rutura”, verificando-se que “mais de 55% dos profissionais não têm qualquer carreira ou instrumento de regulação coletiva do trabalho”.
O sindicato estima que dentro de dois anos 70% dos profissionais não tenha uma carreira profissional e diz que, “objetivamente, o Governo não cumpre as suas promessas de promoção da contratação coletiva, relegando os técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica a mera mercadoria do SNS, remunerada ao nível dos saldos mais básicos”.
A área de trabalho abrange 22 profissões, três delas por regulamentar, em áreas como análises clínicas, radiologia, fisioterapia, farmácia ou cardiopneumologia, num total de cerca de dez mil profissionais.
A greve foi anunciada no início do mês, quando o sindicato avisou que só a suspenderia com a conclusão do processo negocial com o Governo.
Há mais de um mês o Sindicato chegou a ter convocada uma greve nacional de cinco dias, que depois acabou por desmarcar na sequência de um compromisso assumido pelo Governo.
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