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"Temos de parar agora, antes que a escalada comece. Arrisco sugerir o fim das hostilidades (....) para declarar uma trégua", disse Lukashenko, que está no poder desde 1994, num discurso à nação.
"Todas as questões territoriais, de reconstrução, de segurança e outras devem e podem ser resolvidas na mesa de negociações, sem condições prévias", acrescentou.
Lukashenko, que culpa o Ocidente e a Ucrânia pelo conflito, também disse que teme uma guerra nuclear devido ao apoio ocidental a Kiev.
"Como resultado dos esforços dos Estados Unidos e dos seus satélites, uma guerra total foi desencadeada na Ucrânia", o que significa que uma "terceira guerra mundial com incêndios nucleares surge no horizonte", afirmou num discurso anual à nação.
"Todos vocês entendem e sabem que há apenas uma solução: negociações. Negociações sem condições prévias", insistiu.
Ao destacar que o "complexo militar-industrial funciona a todo vapor na Rússia" e que a Ucrânia está "inundada de armas ocidentais", Lukashenko declarou-se preocupado com uma "escalada" que provocaria muitas mortes.
A Bielorrússia não participa diretamente no conflito na Ucrânia, mas tem dado apoio logístico, chegando mesmo a ceder o seu território ao exército russo para a ofensiva na capital ucraniana no ano passado e para a execução de ataques, segundo o governo de Kiev.
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