"Nós temos uma situação muito grave na Docapesca, mas também no porto comercial e, para além disso, quer àquilo que diz respeito à indústria do pescado, quer às aquaculturas que tiveram graves problemas, e às pescas", disse hoje aos jornalistas Ana Paula Vitorino.
À margem de uma visita ao porto de pesca da Figueira da Foz, onde verificou os prejuízos nas infraestruturas e empresas ali existentes, a governante argumentou que a situação não incide só sobre os danos provocados pela própria tempestade: "Também tudo aquilo que vai ser não poder laborar durante algum tempo, que também são custos, não são custos de reconstrução, mas são custos imputados a este processo".
Ana Paula Vitorino estimou os prejuízos na área da economia do mar na Figueira da Foz entre os quatro e os cinco milhões de euros, avisando que essa estimativa "ainda não é muito rigorosa" e que o cenário é de "grande complexidade".
Para fazer face a esse montante de prejuízos, a ministra diz que as empresas públicas afetadas, nomeadamente a Docapesca e a administração portuária, possuem "algum financiamento", estando o Governo a analisar a possibilidade de existirem apoios recorrendo a financiamento europeu do programa Mar2020.
A ministra lembrou ainda que uma decisão sobre os apoios para a reconstrução após a tempestade Leslie será tomada na quinta-feira pelo Governo em Conselho de Ministros.
A passagem do furacão Leslie por Portugal, onde chegou como tempestade tropical, provocou 28 feridos ligeiros e 61 desalojados, 57 dos quais no distrito de Coimbra.
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