“Os prejuízos são de 1,4 milhões de euros em toda a costa litoral de Portugal, estando o Ministério do Ambiente a celebrar 25 protocolos para recuperar as estruturas danificadas pelos temporais”, indicou o ministro do Ambiente João Pedro Matos Fernandes, em Portimão, no Algarve.

O governante presidiu em Portimão à assinatura de dois protocolos entre o Fundo Ambiental e a Câmara de Portimão, um para a alimentação artificial do cordão dunar e da praia de Alvor e outro para a recuperação de passadiços e estruturas danificadas pelos últimos temporais.

Durante a sua intervenção, João Pedro Matos Fernandes frisou que a empreitada “determina a alimentação artificial de 250 mil metros cúbicos de areia”, repondo a praia de Alvor aos níveis de 1960.

“É de todo essencial que sejam repostos os passadiços, estruturas fundamentais para a conservação e para que se evite o pisoteio das dunas por milhões de pessoas, reduzindo a pressão humana direta sobre a costa”, sublinhou.

Na opinião do ministro, as alterações climáticas “são um problema a que nos temos de adaptar e, aos mesmo tempo, ter capacidade para repor algumas das dinâmicas”.

“O reforço e a reposição contínua têm mesmo de ser feitos pela mão do homem”, destacou.

O governante expressou ainda a intenção de “não serem feitos mais esporões na costa portuguesa”, argumentando que “estes deixam as praias descalças de areia”.

“O que as praias têm de ter não é a pedra dos esporões, mas sim areia, daí ser importante colocar areia nas praias e, por isso, no Algarve há três empreitadas, duas das quais em curso nas barras da Fuzeta e da Armona, na Ria Formosa, e esta que vai ser iniciada em Alvor”, concluiu.

O lançamento da obra para o reforço do cordão dunar na praia de Alvor tinha sido anunciado por João Pedro Matos Fernandes há cerca de duas semanas, durante uma deslocação ao local.

Enquadrada no Plano de Ação Litoral XXI, a empreitada de ‘Alimentação Artificial e Reforço do Cordão Dunar da Praia de Alvor Nascente’, orçada em dois milhões de euros, é cofinanciada em 85% pelo financiamento comunitário do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR).