“Já estão instaladas aqui na Praia da Vitória oito empresas, muitas delas como a Infosistema, de grupos internacionais, que trabalham para o mundo, mas o nosso objetivo é que esta dinâmica cresça em muito”, adiantou hoje o vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Sérgio Ávila.

O governante falava na cerimónia de inauguração da empresa Infosistema Azores, que criou 10 postos de trabalho, mas pretende atingir 30 a 50 nos próximos anos.

“A Infosistema Azores já está em processo de entregar produtos e soluções ao mercado internacional, apenas dois ou três meses após ter sido iniciada a operação”, avançou o presidente do conselho de administração da Infosistema, Gonçalo Caeiro.

A consultora tecnológica, integrada no grupo Joyn, desenvolve soluções tecnológicas para empresas de vários países, sobretudo na área da banca e dos seguros.

Na ilha Terceira, segundo Gonçalo Caeiro, será feito um investimento no desenvolvimento das áreas de baixo código, aprendizagem automática e inteligência artificial.

Até 2020, o vice-presidente do Governo Regional estima que o número de postos de trabalho criados em empresas de informática na Praia da Vitória compense os que foram extintos com a redução militar norte-americana na base das Lajes.

“Temos a capacidade de criar, até ao final do próximo ano, 400 postos de trabalho no âmbito do Terceira Tech Island. É um objetivo que eu considero cada vez mais que está ao nosso alcance”, frisou.

Segundo Sérgio Ávila, o projeto atrai “cada vez mais empresas”, que “querem crescer” e contratar mais programadores.

“O Terceira Tech Island está a revolucionar claramente a Praia da Vitória e a ilha Terceira e está a criar um verdadeiro 'hub' tecnológico na ilha Terceira”, sublinhou.

Na inauguração da Infosistema Azores, instalada num edifício no centro da cidade, onde já funciona desde setembro outra empresa do género, o presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Tibério Dinis, considerou que o futuro do concelho passa pelo crescimento da área da programação.

“Passámos de uma empresa que aqui existia neste edifício tradicional, que importava e que comercializava localmente, para um conjunto de empresas que estão viradas para o futuro, que criam conhecimento, que exportam os seus produtos um pouco para todo o mundo e que criam mais emprego do que alguma vez foi criado”, frisou.

Desde outubro de 2017, a 'start up' Academia de Código já formou, na ilha Terceira, 60 pessoas em linguagem ‘java script’, que foram na sua maioria absorvidas pelas empresas instaladas na Praia da Vitória, e no início de maio outros 34 alunos terminam uma formação intensiva de 14 semanas.

Na ITUp, também já instalada na Praia da Vitória, estão 11 alunos, que aprendem a linguagem de código ‘outsistems’, em 12 semanas.

Em maio, inicia-se um novo curso de programação em ‘java script’ com 40 vagas e, em julho, arranca um curso de programação em ‘outsistems’, com 20 vagas.