Questionada pelos jornalistas no parlamento, a também vice-presidente social-democrata escusou-se a comentar propostas "em concreto", quer a do Governo, quer a feita hoje pela sua adversária na corrida autárquica, a líder do CDS-PP, Assunção Cristas (que não ouviu), mas aceitou pronunciar-se sobre a rede do metro de Lisboa.
"É evidente que tem de haver alargamento, é bom para a cidade e é necessário que se alargue a rede de metro, mas, neste momento, estamos numa circunstância em que o serviço prestado pelo metro perdeu muita qualidade", afirmou, referindo a diminuição das carruagens e o aumento do tempo de espera como os principais problemas.
Teresa Leal Coelho apontou ainda o alargamento do horário do metropolitano - que termina "demasiado cedo" - como outra proposta a ponderar.
"Parece-me que essa é a prioridade: vamos pegar no metro que temos e pô-lo a funcionar em melhores condições, mais carruagens - devolver as que o metro já teve -, menos tempo de espaçamento entre cada composição", apontou.
No entanto, a candidata autárquica salientou que a expansão da rede do metro "é necessária" e sempre foi defendida pelo PSD, mas "é necessário realismo na questão financeira".
"É uma proposta que o PSD vai analisar para, com sustentabilidade, apresentar para a próxima vereação, não quer dizer que seja de imediato porque temos problemas financeiros", afirmou.
Hoje, no debate quinzenal, a presidente do CDS-PP apresentou ao primeiro-ministro, António Costa, a proposta do partido para a expansão da rede do metropolitano de Lisboa, que prevê 20 novas estações.
Na resposta, o primeiro-ministro aludiu ao facto de Assunção Cristas ser candidata à presidência da Câmara de Lisboa nas autárquicas de outubro.
"Não achei muito leal aproveitar a ausência da deputada Teresa Leal Coelho [candidata do PSD à Câmara de Lisboa] para este momento de campanha eleitoral", disse Costa.
De acordo com o Plano de Desenvolvimento Operacional da Rede do Metropolitano de Lisboa, o Metropolitano de Lisboa vai ter mais duas estações até 2022 - Estrela e Santos - , com o custo estimado de 216 milhões de euros, com recurso a fundos comunitários e a empréstimo no BEI - Banco Europeu de Investimento.
Estão também previstas estações de metro nas Amoreiras e em Campo de Ourique, embora nestes dois casos sem uma data prevista de conclusão.
Do plano consta também o encerramento da estação de Arroios a 19 de julho - e durante 18 meses - para obras que vão permitir o funcionamento de comboios com seis carruagens na Linha Verde e custarão mais de sete milhões de euros.
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